É noite e a minha alma segrega uma luz...a da imaginação!
Navego no infinito e divago. No meu imaginar surge uma imagem... escura... que não consigo ver.
Envolvo-me de novo no meu "mar" e navego contra a maré, o leme do meu barco quebra, o infinito torna-se inavegável... um caos tal como uma bussula sem sul!
No meio do meu medo e da escuridão da noite adormeço ao som da música que o oceano me oferece e quando acordo ainda sou uma naufraga!
Visualizo uma ilha...deserta? Não porque ao longe o vulto de um homem perfeito nas suas formas dirige-se para mim e eu estremeço! O coração bate descompassadamente... a cabeça gira e eu quero falar sem que as palavras me saiam.... penso eu!
Ele chama por mim... quer que eu seja a sua rainha... dona do seu corpo...mas eu não sei o que faço, que digo, que penso.
Sei! Sei que gosto de ti mas também sei que as amarras não me soltam... Vou fugir, correr a ilha e voltar a ser naufraga num mar que me absorve.
Um texto meu encontrado perdido numa gaveta, escrito numa altura em que nem computadores havia!!!